Não deixe as distrações roubarem o que realmente importa na sua vida
Vivemos cercadas por distrações. Algumas parecem inofensivas, até necessárias. Mas quando passam a dominar nossa rotina, acabam nos afastando da nossa essência, do nosso propósito e de tudo que realmente importa.
Você já percebeu como, às vezes, está tão envolvida com o celular ou com as tarefas do dia que não nota o canto de um pássaro, o sorriso do seu filho ou até um gesto carinhoso de alguém próximo? As distrações nos anestesiam. Elas vão nos adormecendo aos poucos, tirando nossa sensibilidade e presença.
Recentemente, senti a necessidade de me afastar das redes sociais. Gosto muito de estar ali, compartilhando, conversando. Mas percebi que aquele excesso de informação estava me deixando desconectada de mim mesma. Desinstalei o aplicativo e, desde então, tenho vivido dias muito mais conscientes. Acordo mais cedo, antes do meu filho, para ter meu momento de oração e leitura. E, numa dessas manhãs, comecei a ouvir o som das maritacas. Coisa mais linda! Elas fazem um verdadeiro festival sonoro logo ao amanhecer. E eu pensei: como eu não percebia isso antes?
O problema não é a distração em si. O entretenimento pode ser leve e necessário. O que nos faz mal é o excesso, a fuga constante, a dependência. Muitas vezes usamos o celular, as redes ou a televisão para escapar de sentimentos difíceis. Mas quando a gente evita lidar com o que sente, seja bom ou ruim, acaba perdendo oportunidades de cura e crescimento. Sentir é parte do processo. Fugir adormece.
E quanto mais nos alimentamos de conteúdos rasos e imediatistas, mais vamos perdendo a capacidade de pensar, refletir, admirar. Parece que colocamos um cabresto, olhando sempre para o mesmo ponto, sem notar o que existe ao redor. E o mundo ao redor é belo. Cheio de detalhes, de encontros, de respostas que tanto pedimos a Deus. Mas como ouvir, se estamos rodeadas de ruído?
Por isso, deixo aqui um convite sincero: pare um pouco. Observe o que tem te anestesiado. Talvez sejam as redes sociais, o excesso de notificações no celular ou até a preocupação excessiva com o futuro. O importante é tirar aquilo que te impede de ver com clareza, que rouba sua presença, que te impede de pensar com profundidade.
Quando a gente escolhe se desconectar um pouco do barulho e se reconectar com a vida, tudo muda. A inspiração volta. A leveza também. E, principalmente, conseguimos ouvir o que antes estava abafado. Olhe para a vida. Com olhos despertos, com atenção plena. Sempre tem algo novo para ver, alguém novo para conversar, um gesto novo para perceber.
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Um grande abraço,
Renata Campolina

