A leitura nem sempre foi simples para mim. Hoje ela é parte da minha rotina, mas durante muito tempo eu precisei insistir, testar, parar e recomeçar até que, aos poucos, ela ganhasse espaço no meu dia. Tudo começou com um entendimento muito simples: às vezes é preciso ler devagar, reler a mesma frase, voltar uma página inteira. Às vezes o avanço é lento. Mas é exatamente nesse processo que algo dentro de nós se expande.
Enquanto eu fazia minha leitura no horário de almoço, com meu pequeno dormindo, encontrei um trecho do livro O gato que amava livros, de Sosuke Natsukawa, que me tocou profundamente. Ele diz que em certos momentos você progride em um ritmo árduo e lento, mas de repente seu campo de visão se abre, como uma bela vista no fim de uma longa subida. Foi impossível não lembrar da minha própria jornada com os livros.
Minha relação com a leitura ao longo do tempo
Eu sempre quis criar o hábito de ler, mas ele não fluía. Eu começava um livro e não terminava. Se ficava dois dias sem ler, perdia o ritmo. Achava que precisava finalizar todos os livros que comprava, mesmo que o assunto não fizesse sentido para o meu momento. E isso só aumentava minha frustração.
Tudo começou a mudar em 2021, quando eu decidi pausar as redes sociais. Sem perceber, troquei o hábito de pegar o celular por pegar um livro. Os cinco minutos na fila, os momentos de espera, as pequenas pausas do dia, todos eles foram substituídos pela leitura. E foi aí que o hábito começou a se fixar.
Percebi também que eu não precisava seguir metas rígidas. Não era sobre ler um número específico de páginas. Era sobre ler o que eu conseguisse. Às vezes duas páginas. Às vezes meia. Esse entendimento tirou um peso enorme das minhas costas.
Com o tempo, aceitei meu próprio ritmo. Eu leio devagar, releio trechos, volto parágrafos inteiros. Mas isso faz parte de como eu assimilo a leitura. O importante é que ela me transforma.
Descobrindo o que funciona para mim
Outra grande mudança aconteceu quando eu parei de me obrigar a continuar um livro que não estava fluindo. Entendi que, quando algo não encaixa, talvez não seja o momento certo ou talvez simplesmente não seja para mim. Passei a explorar diferentes tipos de leitura e descobri que livros de ficção e romances têm me tocado profundamente, até mais do que alguns livros de desenvolvimento pessoal.
Algumas histórias me fazem viajar no tempo, imaginar cenários, sentir emoções de personagens reais e complexos. Outras me ajudam a crescer, compreender situações, enxergar pessoas e atitudes com mais profundidade. Isso tem sido transformador.
A leitura como companheira nas fases da vida
Quando eu estava amamentando, a leitura foi a minha companhia nas madrugadas. Era cansativo, mas eu não queria perder o hábito que estava construindo. Hoje também ensino meu filho a crescer perto dos livros. Quero que ele perceba desde cedo que eles ampliam o nosso mundo.
A leitura abre janelas para novas ideias e nos conecta com culturas, valores, histórias e emoções. Ela fortalece a nossa mente e o nosso coração. Um bom livro nos ajuda a entender quem somos, em que fase estamos e até o que precisamos curar.
Ela nutre a mente como alimento nutre o corpo.
Se você quer criar o hábito, comece pequeno
Se você sente que não tem tempo para ler ou que não consegue manter o ritmo, comece com pouco. Cinco minutos. Dez minutos. O que você puder. Escolha livros que conversem com o seu momento de vida, desenvolvimento pessoal, espiritualidade, relacionamentos, ficção, romance.
O importante é alimentar a mente com intenção.
A leitura é uma chave poderosa para amadurecimento, clareza e autoconhecimento. Não deixe os livros parados na estante. Escolha um hoje, um que fale com você. E permita que ele faça parte da sua jornada.
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